^LIBRAR I ES*^SMITHSONIAN_INSTITUTlON N0linillSNI_NVIN0SHllWs'^S3 I HVM 3 o: CO NOIíniliSNI^^NVINOSHlllAIS S3 I d Vd 8 11 LIBRAR I ES SMITHSONIAN"lNSTITUT z. r- ,, z i— Z r- '- <Ji ' — (/) ±, (J) LIBRARIES SMITHSONIAN INSTITUTION NOIínillSNIl NVINOSHillMS S3iaVd8 2 , Í2 ^ z * ín z (/} "NOIíniliSNI NVINOSHlll^S^^SBIdVyan libraries^^smithsonian instituti 'lIBRARIES SMITHSONIAN INSTITUTION NOIiniliSNl"^NVINOSHlllMS SBIbVHÍ :rt E c/) E CO NOIíniliSNI NIVINOSHillNS SBIHVyail LIBRARIES SMITHSONIAN INSTITUT [/) z w z ..-. CO 2: ^LIBRARIES^^SMITHSONIAN INSTITUTION NOIínillSNI NVÍNOSHIINS SBIdVd = CO r; _ CO — ... CO CO NoiiniiiSNi~^NvmosHii/is _S3 1 yvy a n librar i es_smithsonian_institut z cn ^íív — /Li -• k.'o\ CO > IpI :::: co — co _ LIBRARIES SMITHSONIAN INSTITUTION NOIifliliSNI NVINOSHimS S3iyvai z •, CO 2: » CO •^^<sí^ :^ ÕÕ 2 (O * Z yj BRARIES SMITHSONIAN INSTITUTION NOIínilISNI NVINOSHIIIMS S3iyvaai <o 5 t^ — cn 00 iiiniiisNi NviNOSHims S3iavdan libraries smithsonian iNSTiruTior t- , Z r- Z f^ BRARIES SMITHSONIAN~INSTITUTlON NOIiniliSNI~NVINOSHillMS S3iyViJ9 <2 ^ ^ z » c/> 2 ^ :^ I ^^#^ I %# |,^X' I ^%^ |. iliniliSNI_NVIN0SHimS*^S3 I a Vd a n_LI BRAR I Es'^SMITHSONIAN_INSTITUTlOr 2 -J 2 _J Z BRARIES SMITHSONIAN INSTITUTION NOIíniliSNI NVINOSHimS SHIdVaai z [;; ^ ^ 2 c- z > - w _ </) _ DiiniiisNi NviNosHims S3iyvaan libraries smithsonian institutio 2 ^ W Z ..... W Z .vv BRARIEs'^SMITHSONIAN INSTITUTION NOIíniliSNI NVIN0SH1IWS*^S3 1 d Vd 8 I )iiniiiSNi~'NviNOSHiii^s S3 1 «vd a n~'Li B rar I es smithsonian"Íinstitutio CO £ c/) ± (/> BRARIES smithsonian INSTITUTION NOIíniliSNI NVINOSHIIIMS SSIdVaai C/' Z » í/> 2 ^ C-i, ['.] D O Livrinho das Rves D RODOLPHO VON IHERING ASSISTENTE DO MUSEU PAULISTA V SAO PAULO == 1914 == D D D O Livrinho das Hves D D RODOLPHO VON IHERING ASSISTENTE DO MUSEU PAULISTA V SAO PAULO = 1914 = SUMMARIO; III PREFACIO por José Veríssimo (Membro da Academia) A UTILIDADE DAS AVES 1 PERSEGUIÇÃO QUE SOFFREM AS AVES 10 NIDIFICAÇÃO 14 ÉPOCA DA PROCREAÇÃO 17 OS CUIDADOS DOS PAES 19 OS PRIMEIROS DIAS DOS FILHOTES 25 OS INIMIGOS DA AVIFAUNA 28 CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE PÁSSAROS 34 O QUE FAZER PARA AGGMENTAR O NUMERO DE PASSARINHOS 40 RELAÇÃO NUMÉRICA DAS NOSSAS ESPÉCIES DE AVES 44 OUTROS ANIMAES ÚTEIS 45 ENUMERAÇÃO DAS GRAVURAS; (TRTOHROMTAS) Trabalhos da Comp. Llthographlca Hartmann-Relchenbach— Sao Paiiln BEIJA-FLORES (orig. ) pag. 2 corruíra (orig.) » 4 GATURAMO * » 6 TICO-TICO (orig.) , 8 PINTASILGO ^ ........ 10 CHOCA ou BORRALHARA * ....=* 12 SANHASSÚ-FRADE d > 14 TESOURA (orig. segundo Loiíse) 20 BEM-TE-Vl (orig.) 22 SABIÁ LARANJEIRA (orig.) » 26 ALMA DE GATO (orig.) 30 SURUCUÁ * 32 TUCANO * 36 CORUJA 38 EMA :^^ 40 Do Catalogo de Aves do «British Museum- ** Dos Prof^eedings of the Zool. Soe. London O Da «Argentine Ornithology», Sclater & Hudsoii O o Dos Transactions of the Zool. Soo. IjOiídon o Livrinho das Rves o flUTOR RESERVfl-SE TODOS OS DIREITOS LITERÁRIOS E ARTÍSTICO Prefacio Não sei porque, quiz o Sr. Rodolfo von Ihering, portador de um nome glorioso e caro aos nossos es- tudiosos do direito e da natureza pátria, que eu lhe prefaciasse este livrinho, um dos mais belos e preciosos mimos que jamais se fizeram aos nossos meninos e aos seus pais. Com o fim educativo de interessar e instruir as crianças no conhecimento das aves, da sua utilidade e de inspirar-lhes do mesmo passo intelijentes senti- mentos de benevolência que as levem a poupal-as e protejel-as, instituiu S. Paulo a festa das aves, a par da festa das arvores. As crianças de hoje serão os homens de amanhan. Educados no amor e respeito das arvores e das aves, as futuras populações paulistas serão mais compas- sivas com as plantas e os pássaros do que por via de regra somos hoje. No seu coração se fará maior a dose da larga e nobre simpatia humana que alcança todas as cousas. O amor das aves assim inspirado atalhará a sua destruição completa, já desgraçada- mente em todo o Brasil em bom caminho. Assim todo ele imitasse mais este bom exemplo que lhe dá S. Paulo, instituindo festa igual. Outras vantajens e até de ordem pratica, terá esta forma de educação moral da festa das aves, cujos motivos justifica e explica este livrinho. // Preparando a defeza, a conservação, a proteção das Aves, S. Paulo, e toda a terra que fizer como ele, igualmente promove um grande beneficio á sua lavoura, á sua horticultura, á sua floricultura e a todos os ramos da sua já notável actividade agricola. E, o que é melhor, o promove plantando no coração dos seus futuros cidadãos um fecundo l gérmen de bondade. O Sr. Rodolfo von Ihering não é, como eu, mero amador platónico da natureza, mas um sabedor das sciencias que a estudam. Filho do sciente Director do Museu Paulista, o Dr. Hermann von Ihering (neto, portanto, do preclaro jurista) e seu ajudante ou assistente na direcção desse Museu, que é já um no- tável centro desses estudos, o Sr. Rodolfo von Ihering deu ainda ha pouco novo testemunho dos conheci- mentos da nossa zoolojia, no seu excelente Dicionário da Fauna Brasileira. Fala, pois, de cadeira. Os pequenos que lerem este livrinho, despreten- cioso e simples, sóbrio e agradável — e ainda os grandes que também acharão proveito em lel-o — podem confiar-lhe nas noções e ensinamentos, que são de um sabedor, e nas sujestões e conselhos que são de um discreto e sincero amigo da natureza, e particularmente da nossa. Precisamos seguir o exemplo de outros paizes e de S. Paulo e criar um movimento que ponha termo ou ao menos óbices aos grandes estragos que nela, nomeadamente na sua flora e fauna, estamos irra- cionalmente fazendo. Carecemos de leis rigorosas, e sobretudo de leis executadas, sobre o desflorestamento, como sobre a caça e a pesca, sob pena de vermos grandemente minguadas e até destruídas fontes de riqueza do maior valor. Alem deste aspecto económico ha na questão geral da proteção da natureza, e particularmente dos ani- mais úteis, uma feição moral ou sentimental da maior relevância. Põe-no em evidencia com saber seguro e eloquência simples mas persuasiva o Sr. Ihering. IH Os Estados Unidos, onde ao mais claro espirito pratico se alia o mais alevantado idealismo, estabe- leceram ultimamente leis rigorosas não só coibindo a destruição das aves no seu território, mas até a importação nele de despojos animais cuja acquisição importe na destruição barbara de espécies inteiras. E as elegantes norte-americanas, retour de Paris, viram arrancadas pelas mãos brutais dos empregados do fisco as lindas aigrettes, dos seus custosos cha- péus. Aqui mesmo, no Pará, satisfazendo ao reclamo do Director do Museu Paraense, o sábio zoolojista Dr. Emilio A. Goeldi, o Congresso estadual votou ha anos uma lei regulando a caça das garças e outras belas aves, que são a gloria dos lagos e igarapés paraenses. Amemos, pois, a natureza em geral, e essas jóias vivas e moventes que a enfeitam e alegram, as aves; amemol-as, mas de um amor efectivo, amparando-as contra os gatos, contra os nossos filhos, contra nós mesmos. Este livrinho nos ensinará a amal-as intelijen- temente e a protejel-as eficazmente. JOSÉ veríssimo. Enjenho Novo (Rio de Janeiro), 20 de fevereiro de 914. vvvv DD DD UTILIDADE DAS AVES A NATUREZA não faz distincção entre seres úteis e inúteis. Todas as espécies de animaes e plantas têm o seu papel a desempe- nhar neste conjuncto organizado com admirável sabedoria, e que constitue a fauna e a flora de um paiz. O homem em seu egoísmo, é que discri- mina espécies úteis, indifferentes e prejuãiciaes, tomando-se a si próprio por centro de toda a creação. Assim consideramos úteis as plantas e os animaes que nos prestam qualquer serviço ou dos quaes podemos tirar qualquer proveito, directo ou indirecto. São-nos indifferentes aquelles seres cuja existência nos passa quasi ou de todo despercebida, e de prejudiciaes taxamos aquelles que nos causam qualquer damno, á nossa saúde ou á nossa propriedade. Não nos lembramos, porem que é indispen- sável que haja continuamente essa lucta pela existência, para que subsista o equilibrio natural, o LIVRINHO DAS AVES a harmonia do conjuncto. A planta fornece o alimento ao herbívoro; este por sua vez ali- menta o carnívoro. Não é acaso haver tão poucas onças e jaguatiricas, mesmo na matta virgem : é a própria natureza que de vários modos lhes difficulta a multiplicação da espécie. Mas esses carnívoros são necessários, pois do contrario o numero de antas, veados, paccas, etc. seria extraordinário e tamanha quantidade de herbívoros prejudicaria o crescimento das plantas. Baste este exemplo rudimentar para mostrar como na natureza as espécies se con- trabalançam, dando em resultado o equilíbrio natural. Com relação á Agricultw^a, é verdade que ha um bom numero de animaes, insectos prin- cipalmente, que se tornam pragas. Determina- das espécies procriam em tal quantidade que para alimentar-se, devastam as nossas planta- ções. Da mesma forma a Hygiene accusa grande numero de outros bichinhos que espalham mo- léstias entre os homens e a criação, levando e inoculando os germens da doença de pessoas e animaes doentes aos sãos. Beija-flôres (Fam. Trochilidaé). Jóias da natureza, primores sem egual, estas aves maravilhosas, "que Dão descem ao chão para evitar o contacto com o pó da terra," são o previlegio da natureza sul-americana. E justamente por serem mais lindos que as flores e mais scintillantes que um punhado de gemmas, os pobres beija-flôres são victimas da moda feminina — crueldade senão crime matar assim ás centenas estas bellas e úteis creaturas da nossa launa (veja á pg. 11). Ao Brazil couberam apenas 80 espécies das quasi 500 que 86 conhecem ao todo. A nossa estampa representa, emcima Stephanoxis lalandei, embaixo Chrysolampis mosquitus. — 2 —